TNSUL • Caminhos do Sul abertos para a China

Lideranças da região Sul de Santa Catarina buscam despertar o interesse daquele que é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009: a China. Para isso, a Associação Empresarial de Criciúma (Acic) recebe hoje, em uma parceria com a Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), a vice-presidente da Câmara Brasil-China, Uta Schwietzer, que irá proferir a palestra “Potencialidades do Mercado Chinês Para o Sul de Santa Catarina – Um Cenário de Investimento, Inovação e Novos Horizontes”. O evento inicia às 19h30min e ocorre no Auditório Jayme Zanatta.

Uta falará daquilo que Santa Catarina e a região possuem e que podem atrair o interesse dos chineses. Um ponto forte, segundo ela, é a compra da carne, principalmente agora que uma febre atingiu os suínos na África. “Uma coisa que o estado tem e que é muito forte é a parte de carnes. É extremamente importante porque os chineses têm uma grande demanda. Precisaram abater muitos suínos na África devido à febre, já que pode ocasionar o risco de contaminar uma população de 1,4 bilhão de pessoas”, relata ela, ao se referir à população da China.

Ainda no campo, além da carne, a parte agrícola, envolvendo principalmente grãos e frutas também atraem a atenção da China. “A China tem uma gama de questões para falar, mas vamos focar no interesse dos participantes da palestra. Mostrar onde a China está interessada, alguns cases.

A articulação para que Uta viesse à região iniciou com a visita do diretor executivo da Amrec, Acélio Casagrande, do prefeito de Siderópolis, Hélio Cesa, o Alemão, e de representantes da Acic. “Eles vieram com interesse grande. Vejo com bons olhos esta dedicação em fazer a ponte com a China através de nossa ajuda. Podemos inclusive organizar uma missão de Santa Catarina como fizemos no passado”, pontua.

Estado é o sétimo maior exportador para a China

Entre 2018 e 2019, Santa Catarina ficou na sétima posição entre os estados brasileiros que exportam para a China e o terceiro importador. O país asiático ainda tem interesses em setores como o de energia, como a tecnologia desenvolvida que permite a transformação de lixo em energia. “Este projeto está instalado em outros países e faz sucesso. Eles têm a capacidade de fazer a planta e ter tudo agregado desde a coleta até o produto final. O investimento neste caso aconteceria se houver demanda por energia. Ou seja, se a energia gerada desta planta ter um contrato certo, uma demanda a longo prazo, porque os chineses não vão investir se não tiver um retorno”, salienta.

Em 2018, Santa Catarina exportou US$ 1,44 bilhão para a China, um incremento de 49,6% na comparação com 2017. As importações somaram US$ 15,47 bilhões, uma elevação de 23%.

Fuente: https://dnsul.com/2019/economia/caminhos-do-sul-abertos-para-china/